sábado, 17 de maio de 2008

A sombra do vento


Um clássico é um clássico. E quando se lê um livro contemporâneo, nunca se tem a expectativa de que o mesmo transmita uma particular comoção ou que o autor partilhe a identidade do leitor, apenas se tem fé de que a história seja interessante…

Mas para um amante de livros e da reflexão, nada dá maior prazer do que encontrar a sua alma espelhada no papel, de sentir que outros sabem exactamente como nos sentimos, apesar de nunca o termos expressado a alguém daquela forma exacta...

Pois posso dizer que senti algo diferente com o último livro que li. A SOMBRA DO VENTO, do espanhol Carlos Ruis Zafón, é uma obra-prima. Um clássico na verdadeira acepção da palavra. Li-me nas suas páginas e senti-me acompanhada nas minhas divagações e fraquezas humanas, na minha fragilidade e, por vezes, solidão.
Poderia escrever aqui a história detalhada do livro, descrever tudo aquilo me me tocou especialmente, mas em vez disso fico-me pela sugestão desta leitura, única e fundamental, para todos aqueles que sabem que a vida é mais do que tantos pensam, para todos que olham à sua volta com olhos de ver e que reflectem….

4 comentários:

Anónimo disse...

Absolutamente divino verdade?

A expressão tal qual a sombra de algumas almas que andam... ao sabor do vento...

Beijos boneca

Moura Aveirense disse...

Hummmmm, fiquei com vontade de ler :)

Beijinho, Moura Aveirense

Kahina disse...

Sem sombra de duvida :) um dosmelhores livros que ja li!!

Bjs, Kahina

Anónimo disse...

Aproveitando os preços baixos da Feira do Livro e acedendo à tua sugestão, decidi comprá-lo...
Ontem finalmente acabei o livro e é como se tivesse entrado em depressão...como se os meus dias tivessem muito menos brilho sem aquelas páginas que tão bem me compreendiam, que tanta companhia me faziam...sem dúvida, agora compreendo o pouco que me contaste sobre esta obra prima...
A história é de um clássico, as miríades de personagens, as histórias que se cruzam e descruzam...os diálogos...aquelas frases que tentámos verbalizar mas nunca conseguimos...está tudo ali, como está tudo dentro de nós quando pegamos num livro...
Um abraço amiga...