sexta-feira, 29 de junho de 2007
Alphabet
Sou Alphabet neste mundo paralelo porque descobri que me entendo melhor quando escrevo, que o mundo faz mais sentido quando o descrevo em palavras e frases coerentes, e quando o organizo em parágrafos, com introdução-desenvolvimento-e-conclusão...O mesmo sentia quando era pequena e pintava. Cores variadas, formas indistintas, traço pouco preciso. Mas nada disso importava, era Eu que ali estava a expor, a materializar a minha visão das coisas.
Ora aqui está a explicação..
Sugestão de leitura: Quase Memórias
Neste livro em dois volumes (edição Casa das Letras/Editorial Notícias), Almeida Santos conta-nos a sua vida, a sua visão do final da colonização e a sua participação no processo de descolonização e nos episódios mais marcantes da revolução de Abril. É a interessante biografia de um homem que é, ainda, um actor político activo e que tem a capacidade de reviver momentos e opções com uma maturidade crítica pouco frequente..Acabei agora de ler o 1º volume, o 2º está certamente para breve..
quinta-feira, 28 de junho de 2007
quarta-feira, 27 de junho de 2007
Popova
Liubov Popova foi uma pintora, artista e designer de vanguarda russa que viveu entre 1889 e 1924 e que se notabilizou pelas suas obras cubistas e construtivistas.
Gosto muito de alguns dos seus quadros, são fortes e simbólicos. Além disso é das poucas mulheres do início do séc XX que ganharam fama a pintar.. As suas obras encontram-se divididas por colecções particulares, mas também existem no Guggenheim, no Museu Russo de Arte Moderna, na National Gallery of Canada e em várias galerias em NY.
Aqui ficam alguns dos seus melhores quadros..
Painterly Architectonics (1917)
Two figures (1913-14)
Birsk (1916)
Design da capa da revista 'Film Performers 2' (Artisty Kino 2) (1922)
terça-feira, 26 de junho de 2007
Não sou muito de poemas...
Mas acho que há coisas que têm de ser ditas. Voltei de férias e cheia de força!
"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo...
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece...
(...)
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. (...)"
Pablo Neruda
"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo...
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece...
(...)
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. (...)"
Pablo Neruda
terça-feira, 19 de junho de 2007
"Morte em Veneza", Thomas Mann
Vou começar hoje a ler. Fui recentemente a Veneza e percebi a grande lacuna literária que representava não conhecer esta obra.Trata-se da história de um homem, um escritor de sucesso já envelhecido, que viaja até à ilha do Lido, perto de Veneza, procura o amor platónico e encontra a luxúria e morte. Estou curiosa.
(imagem do filme de Visconti)
Anúncio EDP
Para mim, o melhor anúncio do momento.. pela imagem, pela música e pela mensagem. You've got the whole wide world in your hands..
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Smashing Pumpkins: o regresso
Desde 4 de Outubro de 2000 que aguardava o regresso dos Smashing Pumpkins. Foi a data do último concerto deles em Portugal (no estádio do Restelo) e a ocasião em que se previa a derradeira despedida da banda dos fãs nacionais. Fiquei bem triste com essa perspectiva e durante anos mantive os CDs do grupo na minha "playlist" habitual de músicas..
O Billy Corgan voltou cá em Fevereiro de 2003, ao Coliseu dos recreios, com o seu novo grupo, os Zwan, e fui vê-lo outra vez. Gostei, mas faltava aquela magia que os Smashing sempre me transmitiram.
E eis que este ano tive uma alegria, os Smashing voltaram! bem sei que apenas com 2 elementos do grupo original, mas a voz e a sonoridade da música de sempre estão lá. Fui ao Oeiras Alive!07, no dia 9 de Junho e voltei a vibrar com músicas como "Today", "1979", "Tonight", "thirty three", "disarm" ou "Bullet with Buterfly Wing". E tal como em 1996 (na praça de touros de Cascais) choveu... e foi fantástico!
sexta-feira, 15 de junho de 2007
LOST... Humm...
Pois é... Gosto de alternar o estilo dos assuntos que incluo neste blog. Por isso, aqui vai: outra série de eleição é, como não poderia deixar de ser, o LOST..
E desta série, a minha preferência vai para:
E desta série, a minha preferência vai para: Josh Holloway... Um agrado para a vista...
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Virginia Woolf
Virginia Woolf nasceu a 25 de Janeiro de 1882 em Londres e morreu a 28 de Março de 1941, com 59 anos. Suicidou-se, afogando-se voluntariamente, vítima da depressão que a acompanhou grande parte da sua vida.
Esta mulher foi uma das principais (e para mim, uma das melhores) figuras literárias modernistas do Séc XX, tendo escrito maravilhosas obras como “Orlando”, “As ondas”, “O quarto de Jacob”, “Mrs. Dalloway”, “Os anos” ou “A casa assombrada”.
De sexualidade confusa ou, pelo menos, não assumida, Virginia Woolf imprime nas obras que já tive o prazer de ler, o efeito esmagador de quem carrega nas costas um turbilhão de pensamentos, de tristezas, de frustrações, e que por isso sente não consegue controlar a sua vida. Acredito, contudo, que se não padecesse de tanto conflito interior nunca se teria conseguido expressar com a extraordinária precisão de quem vive e experimenta o que efectivamente escreve.
Virginia Woolf será talvez a escritora mulher que mais aprecio e portanto recomendo. Li “Orlando” quando estava no liceu e li “As ondas” enquanto passeava de comboio pelo Sul de Inglaterra, em 2005 (nos últimos anos li as restantes obras que citei, além de muitos poemas e ensaios) e ainda hoje recordo alguns excertos e as emoções que os livros dela me fizeram sentir.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Viva os Santos!
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Heroes
É a minha série preferida do momento!
Nas palavras de Nuno Markl:
"Heroes tem um tremendo potencial. A melhor maneira de o definir é como uma espécie de fusão entre os X-Men e o filme de M. Night Shyamalan, Unbreakable. Fala de um grupo de insuspeitos cidadãos (como Bruce Willis, no filme de Shyamalan) que, um dia, descobre que tem poderes especiais (dignos de um X-Men). Lentamente, estas pessoas vão-se cruzando e conhecendo, enquanto um elaborado estudo de um investigador indiano serve de possível resposta para as perguntas que envolvem a transformação destas pessoas: porque estão elas a transformar-se? Que propósito servirão estes "super-poderes" com que foram brindadas pessoas banais como um político, uma "cheerleader", um polícia, uma "stripper" de Internet ou um empregado de escritório japonês? A série, criada por um tarefeiro da TV que agora tem finalmente a oportunidade de mostrar o que vale num projecto pessoal (Tim Kring fez de tudo um pouco, desde episódios de Knight Rider a Chicago Hope) consegue ser uma tocante homenagem à arte da BD (sustentada pela presença do autor de "comics" Jeph Loeb entre os seus produtores, ele que também tem trabalhado em TV na produção de séries como Lost e Smallville) e o tipo de série capaz de construir, ao longo dos anos, uma mitologia gigantesca e riquíssima. Os primeiros episódios agarram, com boas interpretações ao serviço de argumentos bem escritos e de uma realização requintada, com um pé no "comic book" e outro no realismo."
terça-feira, 5 de junho de 2007
Dia Mundial do Ambiente
Alguma vez pensaste nos efeitos que o teu estilo de vida provoca no ambiente e na Natureza? Hoje em dia já é possível avaliar o impacte das tuas opções no dia-a-dia, daquilo que consomes e dos resíduos que geras.
No teste disponibilizado no link abaixo podes calcular a tua PEGADA ECOLÓGICA, onde se faz uma estimativa da quantidade de recursos necessária para produzir os bens e serviços que consomes e absorver os resíduos que produzes...
http://www.earthday.net/footprint/info.asp?language=portuguese&country=portugal
Depois diz-me os teus resultados..
No teste disponibilizado no link abaixo podes calcular a tua PEGADA ECOLÓGICA, onde se faz uma estimativa da quantidade de recursos necessária para produzir os bens e serviços que consomes e absorver os resíduos que produzes...
http://www.earthday.net/footprint/info.asp?language=portuguese&country=portugal
Depois diz-me os teus resultados..
Operações SAAL
Está a decorrer a Trienal de Arquitectura e no seu programa consta um filme cuja ante-estreia fui ver ontem ao S. Jorge, sobre as Operações SAAL pós 25 de Abril.
Trata-se de um documentário de 90 minutos sobre as operações do Serviço de Ambulatório de Apoio Local (SAAL), tutelado pelo Movimento das Forças Armadas, um programa de apoio à habitação lançado durante o I Governo provisório de Portugal, que proporcionou, em cerca de um ano, o alojamento (em todo o País) de 80 mil famílias que anteriormente viviam em barracas.
O princípio era simples: o Governo disponibilizava os materiais de construção, projectos-tipo de arquitectura e engenharia e um acompanhamento técnico e as pessoas construiam as suas próprias habitações. Criaram-se comissões e associações de moradores para o efeito e ainda hoje muitas delas subsistem. Exemplos de bairros SAAL são o bairro do Zambujal, em Lisboa, o bairro da Bouça, no Porto, de Siza Vieira (iniciado em 1977/79 e concluído em 2006).
Trata-se de um documentário de 90 minutos sobre as operações do Serviço de Ambulatório de Apoio Local (SAAL), tutelado pelo Movimento das Forças Armadas, um programa de apoio à habitação lançado durante o I Governo provisório de Portugal, que proporcionou, em cerca de um ano, o alojamento (em todo o País) de 80 mil famílias que anteriormente viviam em barracas.
O princípio era simples: o Governo disponibilizava os materiais de construção, projectos-tipo de arquitectura e engenharia e um acompanhamento técnico e as pessoas construiam as suas próprias habitações. Criaram-se comissões e associações de moradores para o efeito e ainda hoje muitas delas subsistem. Exemplos de bairros SAAL são o bairro do Zambujal, em Lisboa, o bairro da Bouça, no Porto, de Siza Vieira (iniciado em 1977/79 e concluído em 2006).
Bairro da Bouça, Porto.
“Paz, Pão, Habitação… As Operações SAAL” é uma longa-metragem de João Dias (projecto da Extra ]muros[associação cultural para a cidade em parceria com Bazar do Vídeo] que integra um conjunto de memórias filmadas dos actores deste processo.
As Operações SAAL tiveram amplo reconhecimento internacional, sobretudo em Espanha e Itália, e constituíram um impulso no desenvolvimento da arquitectura portuguesa e em carreiras individuais, como nos casos de Álvaro Siza Vieira, Vítor Figueiredo, Eduardo Souto de Moura, Manuel Tainha, Gonçalo Byrne e Nuno Portas.
O DVD do documentário é lançado em Outubro deste ano, na FNAC.
Feira do Livro
A Feira do Livro assume um significado especial para mim todos os anos. Lápis e papel na mão (para registar as minhas escolhas antes de comprar), muita expectativa e coração aberto, assim me vêem subir todos os anos o recinto da feira, no Parque Eduardo Sétimo. Entre os clássicos e as novas colecções, às vezes sinto que me perco com tanta oferta e eu que quero comprar tudo. E já não há tanto tempo para ler como antigamente. Mesmo quando há tempo, por vezes há cansaço, nem que seja da vista, saturada que fica dos dias passados em frente ao computador..
As capas dos livros, tão habilmente decoradas por algumas editoras, são também um certeiro ardil que me leva por vezes a comprar mais do que quero (em termos monetários, claro).
E depois os temas! Interessa-me ler sobre tanta coisa..os clássicos, os grandes mestres de literatura, obras de ficção, romances históricos (especialmente de História Antiga), escrita reflexiva (e por vezes, é verdade, um pouco deprimida e deprimente) como a da Virginia Wolf.. estes temas apanham-me sempre a jeito, é difícil virar a cara e fingir que nada têm a ver comigo.
E também mantenho muitos dos gostos de miuda, desde as BDs até às histórias de aventura mais fantásticas. Ainda releio aqueles que foram os meus livros de eleição de antigamente.. nada melhor para distrair a cabeça e levantar voo da rotina (ou problemas) habituais.
Bem, para resumir, estou agora a ler 3 livros.. cada um adapta-se aos pequenos compassos de tempo que vou tendo para ler.. "Poemas" de Mário de Sá Carneiro, "O quarto de Jacob" de Virginia Wolf e "Quase Memórias" Volume 1, de Almeida Santos.. Já fui à Feira este ano, já me perdi um pouco por lá, mas acho que ainda lá vou mais umas vezes..
As capas dos livros, tão habilmente decoradas por algumas editoras, são também um certeiro ardil que me leva por vezes a comprar mais do que quero (em termos monetários, claro).
E depois os temas! Interessa-me ler sobre tanta coisa..os clássicos, os grandes mestres de literatura, obras de ficção, romances históricos (especialmente de História Antiga), escrita reflexiva (e por vezes, é verdade, um pouco deprimida e deprimente) como a da Virginia Wolf.. estes temas apanham-me sempre a jeito, é difícil virar a cara e fingir que nada têm a ver comigo.
E também mantenho muitos dos gostos de miuda, desde as BDs até às histórias de aventura mais fantásticas. Ainda releio aqueles que foram os meus livros de eleição de antigamente.. nada melhor para distrair a cabeça e levantar voo da rotina (ou problemas) habituais.
Bem, para resumir, estou agora a ler 3 livros.. cada um adapta-se aos pequenos compassos de tempo que vou tendo para ler.. "Poemas" de Mário de Sá Carneiro, "O quarto de Jacob" de Virginia Wolf e "Quase Memórias" Volume 1, de Almeida Santos.. Já fui à Feira este ano, já me perdi um pouco por lá, mas acho que ainda lá vou mais umas vezes..
